O idoso é mais susceptível a situações de desidratação pois tem perda da sensação de sede e a capacidade de retenção de água pelos rins está limitada. O risco é acrescido em idosos com alterações da função cognitiva ou acamados com acesso limitado a líquidos.
A desidratação pode aumentar o aparecimento de infecções urinárias e litíase (pedra no rim), causar ou agravar situações de obstipação (prisão de ventre), em indivíduos acamados aumentar o risco de úlceras de pressão, causar ou agravar situações de hipotensão e síncope e aumentar o fator de risco de quedas devido à deterioração do estado mental.
Para determinar quais são as suas necessidades hídricas pode utilizar uma regra prática estabelecendo 30-35ml/por kg/por dia.
Estratégias para manter um adequado estado de hidratação no idoso:
- Crie um horário de ingestão hídrica associado às tarefas diárias;
- Aromatize a água juntando por exemplo hortelã, canela, rodelas de limão ou ananás, com vista à estimulação do interesse pela ingestão hídrica;
- Coma sopa no início das refeições, no Verão inclua a opção de sopas frias;
- Sempre que for ao WC, reponha os níveis de hidratação ingerindo líquidos;
- Observe a coloração da urina que se deve manter clara (a sua coloração também pode ser afectada por alguns medicamentos);
- Reforce a ingestão hídrica quando a temperatura ambiente for mais elevada e em situações clínicas como vómitos, diarreia ou febre.
São sintomas de desidratação:
- Confusão e tonturas;
- Fraqueza;
- Sede;
- Pele e mucosas secas;
- Olhos encovados;
- Concentração e diminuição da produção de urina;
- Aumento da frequência cardíaca com redução da pressão sanguínea.
Ana Catarina Moreira, Licenciatura em Dietética e Nutrição da ESTeSL.