Os gritos do adulto são muito agressivos para as crianças, e provocam uma série de reações contraproducentes e inibidoras que, muitas vezes, são subavaliadas.
Mas afinal o que se passa no cérebro da criança quando alguém grita com ela?
O grito é interpretado como um sinal de perigo, de ameaça. A reação imediata desencadeada é o susto.
Com o susto vem a insegurança e o medo. Os batimentos cardíacos aumentam.
A reação natural ao medo é a fuga. O cérebro diz para sair do local depressa porque interpreta que há perigo, segregando dopamina e adrenalina.
Depois da reação imediata, perdura a ansiedade e a insegurança.
Neste processo, não há lugar para aprendizagem, nem absorção de conhecimento. A criança não consegue ouvir as palavras, apreender ou consolidar.
Ou seja, o grito, para além de provocar reações muito negativas, não pode ser nunca uma forma de explicar, corrigir, ou ensinar. Pelo contrário, funciona sempre de forma oposta e nociva.