A partir de um ano de idade parece que passamos o dia a dizer “não” às crianças. Repetido muitas vezes será que elas estão mesmo a ouvir e a apreender? Estabelecer regras e barreiras, na sua maioria associadas à segurança da própria criança nesta idade, mas também à interação com os outros, é essencial.
Reconhecer a autoridade da palavra, e de quem está a estabelecer as regras, é o primeiro passo.
Os pais definem os limites e, no caso das crianças em creches, também se incluem neste grupo as educadoras. O “não” deve ser acompanhado de uma explicação simples e ser proferido com calma.
Em situações que envolvem questões de risco para a criança (ex: mexer em suportes quentes, tomadas elétricas, etc.) em vez do “não” pode começar a associar a palavra “perigo” (ou alternativa que represente a mesma situação), para a criança perceber que são negações diferentes e que o perigo envolve a criança magoar-se.
O tom de voz deve ser firme e consistente, sem gritar.
A criança percebe rapidamente que se trata de um registo diferente do habitual. A seguir, pode regressar ao tom habitual e demonstrar que está tudo bem, para a criança não ficar assustada e achar que o adulto está zangado com ela.
Se a criança for insistente e repetir o mesmo comportamento, torne o tom mais firme e zangado, afastando a criança do local onde se encontra.
O “não” deve ser aplicado apenas quando se justifica, se for banalizado a criança vai desligar.
É natural que a partir de um ano de idade a criança seja agitada, goste de explorar, sujar, levar tudo à boca, espalhar objetos e comida… para estes comportamentos naturais devemos evitar o não. Em vez disso é importante tentar explicar, o que se deve evitar, pela positiva.