31 Outubro – Dia Mundial da Poupança
A noção do valor associado ao dinheiro e, em particular, à moeda é algo que implica alguma maturidade de abstração e, por isso mesmo, é difícil de introduzir junto das crianças. A partir de que idade é que faz sentido começar a explicar o que é o dinheiro e, sobretudo, para que serve a poupança?
Não existe uma idade estabelecida para este efeito e vai depender do desenvolvimento e curiosidade de cada criança. Antes dos 3 anos não fará muito sentido mas, a partir dessa idade, há muitas crianças que começam a fazer perguntas.
Um dos conceitos muito populares nos Estados Unidos, e frequentemente usado na sensibilização para a poupança, junto das crianças na Europa, é o método “Partilhar, Poupar, Gastar” (no original “share, save, spend”). É tão simples quanto parece: consiste em dar à criança a possibilidade de comprar com o “seu dinheiro” algo que ela deseja mas sempre com a ideia de que não deve gastar tudo e que parte desse valor deve ser para terceiros.
Pode até ter 3 mealheiros: 1 é para gastos, 1 para guardar para “projetos futuros” e o terceiro para oferecer, ser solidário.
O primeiro trará satisfação imediata, o segundo permite estimular mais a sensação de conquista porque implica tempo de espera, e o terceiro está associado ao prazer que podemos oferecer a outros ou mesmo a ajudar desconhecidos. Pode parecer prematuro, mas a ideia de ser solidário é muito rapidamente apreendida pelas crianças se forem motivadas e sensibilizadas. O gesto solidário deve implicar a participação ativa da criança para ela perceber para onde foi o seu dinheiro.
A repartição do dinheiro pelos 3 mealheiros também não tem regras fechadas mas é importante que o mealheiro da poupança comece por ter 50% do valor. Com a idade podem ser feitos ajustes em função dos desejos e necessidades.
Mas de onde vem o dinheiro?
Habitualmente vem de ofertas familiares, de uma moeda que alguém dá ou mesmo, a partir de certa idade, da semanada ou mesada. A semanada ou mesada devem ser explicadas também com a mesma lógica e sempre associadas a responsabilidades em casa. Direitos e benefícios são sempre acompanhados e deveres e responsabilidade!
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