A Dieta do Paleolítico, popularizada nos últimos tempos essencialmente através das redes sociais, tem como base o conceito de uma alimentação que se pensa ter feito parte do processo evolutivo do Homem na Idade da Pedra. No entanto, convém salientar que o conhecimento sobre a alimentação dos “homens das cavernas” ainda não está completamente definido. Por essa razão, existem diferentes versões desta dieta.
Apesar disso, existe sempre um ponto comum, que é a eliminação de alimentos processados e industrializados: açúcar refinado, cereais refinados, refeições pré-preparadas, produtos de pastelaria, entre outros… E o que é afinal permitido neste tipo de dieta? Essencialmente a carne, peixe, ovos, frutos oleaginosos (nozes, avelãs, amendoins, amêndoas…) e vegetais.
Reduzir o consumo de alimentos processados e industrializados é sem dúvida positivo, mas isso não transforma a nossa alimentação semelhante ao que os nossos antepassados faziam há 2,5 milhões de anos. A carne ou o peixe a que temos acesso no século XXI não se assemelha àquela que os seres humanos primitivos caçavam e por isso dificilmente nos poderemos aproximar da verdadeira alimentação do Paleolítico ou do estilo de vida praticado nesse período da Pré-História.
O importante é seguir um estilo de vida saudável. Se utilizada com critério, a dieta paleolítica pode ser uma boa forma de melhorar alguns dos hábitos alimentares. Mas cuidado! Se a dieta for demasiado restritiva, pode mesmo ser prejudicial à saúde!
Possíveis Vantagens:
- Eliminação de alimentos ricos em açúcar
- Aumento do consumo de vegetais
- Aumento do consumo de fibra
Possíveis Desvantagens:
- Excesso de consumo de proteína
- Excesso de consumo de gordura
- Dieta pouco variada
- Restrição de grupos alimentares como os lacticínios (fontes de cálcio)
Patrícia Fernandes, Nutricionista do projeto Nutrifiteam
Membro da Ordem dos Nutricionistas nº 1632N