Ossos – como e quando oferecer

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Os ossos não são todos iguais, existem vários tipos de ossos, com funções distintas. Os ossos podem fazer parte da dieta, ou simplesmente ser recreativos. O osso recreativo é um osso, que pode ser dado tanto a cão, como a gato. O que o distingue dum osso carnudo é o seu tamanho e a sua função. Enquanto que o osso carnudo faz parte da dieta crua do cão ou do gato, o osso recreativo não é um osso essencial na dieta.

O osso recreativo

Como o nome indica, é um osso que pretende entreter o animal, enquanto mastiga durante algum tempo. Pode ser oferecido independentemente da dieta que o animal faça.

Tem como função a limpeza mecânica dos dentes, melhorando a saúde periodontal. Mantém as gengivas saudáveis e fortes. Ajuda na musculatura mandibular do animal. Fornece nutrientes condroprotetores. Promove efeito calmante e mantém o seu interesse longe da mobília da casa.

Deve ter tamanho grande o suficiente, de forma a que o animal não consiga engolir.

Deve ser revestido de tecido fibroso (tendões, cartilagens) para que possa ser roído e limpo. Um osso mais denso e sem tecido fibroso pode levar o animal a tentar parti-lo, inclusive fraturar algum dente. A escolha do osso recreativo tem de ser ajustada ao tamanho da mandíbula do cão ou gato.

Os ossos recreativos devem sempre ser oferecidos crus, após uma congelação de alguns dias como medida profilática. Devem ser descartados no dia que são oferecidos, para evitar parasitas e contaminações bacterianas. Não devem ser completamente ingeridos, pois podem provocar obstipação.

Exemplos de ossos recreativos são fémur de ruminante, costelas, patas, cascos, hastes, etc.

O osso carnudo

O osso carnudo é revestido de músculo, tecido fibroso, tendões, eventualmente pele, penas e pelagem. Este revestimento de músculo ajuda na mastigação, deglutição, posterior digestão e proteção do trato gastrointestinal. É um osso mais pequeno, que é mastigado e engolido. Faz parte duma dieta crua, e é uma das principais fontes de minerais. É incluído numa dieta formulada de forma equilibrada e variada.

Nunca deve ser dado cozinhado, uma vez que o cozimento retira o colagénio e faz o osso lascar de forma perigosa, podendo mesmo ferir o seu animal. Ossos resultantes da nossa alimentação não devem ser dados a animais de estimação. Além de lascarem, ainda incluem temperos e ingredientes que poder ser tóxicos.

Cães e gatos, que não conseguem comer ossos de forma natural, uns por inaptidão, outros por dificuldade fisiológica poderão usufruir dos nutrientes dos ossos, através de osso carnudo triturado.

Exemplos de ossos carnudos são coxas de frango, asas de pato, coelho, codorniz, etc., assim como peixe inteiro com espinha (sardinha, cavala, etc).

Conceição André
Especialista em Nutrição Animal