As perturbações do sono são um dos temas que muitas vezes causam preocupação aos pais.
Dormir mal, não fazer ciclos de sono longos, a fase dos pesadelos e até o sonambulismo são alterações do sono que tornam as rotinas mais complicadas e influenciam o bem-estar do bebé. Os bebés passam por diferentes fases de sono à medida que se desenvolvem, mas algumas perturbações do sono podem de facto interferir no descanso adequado.
Claro que os padrões do sono variam e que nem todas as perturbações do sono são um sinal de problema. No entanto, se as perturbações do sono persistirem por longos períodos de tempo, é aconselhável consultar um pediatra ou um especialista em sono infantil para avaliar a situação e oferecer orientação adequada.
- Problemas em adormecer: alguns bebés têm dificuldade em adormecer, seja por causa de desconforto físico, fome, fraldas sujas ou simplesmente por não estarem cansados. Isso pode resultar em choro prolongado e dificuldade em relaxar para dormir.
- Despertares noturnos: por vezes os bebés acordam durante a noite. Isso pode ser devido à fome, desconforto, dentição, sonhos/pesadelos. Alguns bebés conseguem voltar a adormecer sozinhos, enquanto outros podem precisar de ajuda dos pais.
- Sono invertido: os bebés podem ter o ciclo do sono invertido, o que significa que estão mais acordados e ativos durante a noite e tendem a dormir mais durante o dia. Para estabelecer uma rotina regular de sono, os pais têm de tentar manter a criança acordada de dia e estimular um ambiente mais calmo e sereno ao cair da noite para estimular o sono.
- Pesadelos: tal como os adultos os bebés podem ter pesadelos que os acordam. Isso acontece em bebés mais velhos, associado a medos e inseguranças, mas são acontecimentos naturais no processo de desenvolvimento. Os pesadelos acontecem com frequência na segunda metade da noite (sono REM “rapid eye movement”), quando os sonhos são mais intensos e em idade pré-escolar. Se a criança acordar com um pesadelo, vai precisar de contacto físico, de apoio e de carinho. É aconselhável permanecer junto a criança até que ela se acalme e volte a adormecer.
- Sonambulismo: ao contrário do que se imagina, o sonambulismo é comum. Cerca de 30% de todas as crianças na faixa dos 5 aos 12 anos tem pelo menos um episódio e em 6% delas o sonambulismo é persistente. O quadro típico ocorre cerca de 2 horas após a criança adormecer. Normalmente o episódio dura até 15 minutos e pode ocorrer mais de uma vez por noite. A maioria das crianças irá superar o sonambulismo na adolescência. O importante é assegurar a segurança durante os episódios e não tentar acordar a criança. Encaminhá-la serenamente para a cama é o ideal.